ATENÇÃO: os transgénicos vão andar por aí

Os agricultores nacionais já podem cultivar uma das 17 variedades de milho geneticamente modificado permitidas pela Comissão Europeia.
O diploma que regulamenta o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) já foi publicado em Diário da República.
O documento, entre outros aspectos, pretende garantir a coexistência entre culturas transgénicas, convencionais e biológicas, pelo que determina uma distância mínima de 200 metros para o caso das convencionais e de 300 metros para o caso concreto das produções biológicas. Distâncias que, especialistas internacionais na matéria, já consideraram pouco fiáveis no que respeita à contaminação de solos e culturas.
Seja como for, é de referir que a Direcção-Geral de Protecção das Culturas (DGPC) assume a responsabilidade da elaboração e actualização das normas técnicas para o cultivo de OGM, cabendo-lhe ainda a concretização de um plano de acompanhamento à aplicação das normas.
Quanto às direcções Regionais de Agricultura compete-lhes o controlo e inspecção das explorações agrícolas que cultivem OGM.
Quer isto dizer que, mais uma vez, a saúde... a NOSSA SAÚDE depende da capacidade e da honestidade de alguém... de um semelhante zeloso em cujas mãos, para o bem e para o mal, depositamos o nosso futuro.
Ora, fazendo fé nas sucessivas notícias que nos dão conta da força dos interesses económicos em detrimento de todos os outros... estamos condenados.
Esta é uma verdade a longo prazo, pois quando já há países a recuar na plantação de transgénicos, a União Europeia – sempre a reboque do amigo americano – rende-se à falácia e à mentira.
Está hoje provado que os transgénicos não são a panaceia para a fome no Mundo nem para o enriquecimento dos agricultores, pelo contrário, só às grandes explorações, aos grandes senhores da terra e às empresas mundiais produtoras de sementes interessa a disseminação do cultivo de OGM.
Para o pequeno agricultor a dependência é total, as sementes, que são patenteadas por essas grandes empresas, não servem de um ano para o outro, por isso, a cada nova sementeira há que efectuar nova compra...

ECLIPSE ANULAR DO SOL

Um amigo enviou-nos a informação que se segue. Calhou que a considerassemos interessante, daí que, sem delongas, a reproduzamos textualmente:

“O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia em parceria com a empresa Sinergiae – Consultoria Ambiental Lda está a organizar um mega fim-de-semana com o objectivo de acompanhar o eclipse anular do Sol que terá lugar no dia 3 de Outubro.
O local escolhido pela organização fica na faixa de visibilidade dos 100 por cento do eclipse anular, um fenómeno raro e de incomparável beleza.
Desde 1912 que Portugal não presencia um eclipse anular ou total do Sol, mas este longo prazo termina no próximo de dia 3 de Outubro.
Ao longo de uma faixa de visibilidade, muita estreita, o disco lunar oculta o centro do disco solar e a linha central passa no distrito de Bragança.
O próximo eclipse do Sol visível a partir de Portugal será em 2028 e será também visível na região de Trás os Montes.
Um eclipse do Sol é um fenómeno de rara beleza, privilégio dos seres que habitam o Planeta Terra.
Trata-se do resultado de uma interessante coincidência entre as dimensões do nosso satélite natural, a Lua, e a distância à nossa estrela, o Sol.
O Sol, que tem um diâmetro cerca de 400 vezes maior do que a Lua, fica 400 vezes mais distante.
Como consequência, os diâmetros aparentes do Sol e da Lua, vistos a partir da Terra são muito próximos.
Assim, um eclipse ocorre sempre que a Terra, a Lua e o Sol estão perfeitamente alinhados. Argozelo fica na faixa de visibilidade dos 100 por cento e foi o local escolhido por apresentar a vantagem de não ter poluição luminosa pois o acampamento será feito num monte perto da vila (http://www.nuclio.pt/nuclio/eclipse2005/local.php).
Além de possibilitar a observação deste evento natural e a variedade de fenómenos secundários, pretende-se também fomentar o interesse pela ciência através da realização de uma série de actividades e ateliers pedagógicos nos quais se privilegiará ocontacto dos participantes com astrónomos profissionais e amadores.
Aproveitando a riqueza natural da região transmontana, em particular a do Parque Natural de Montezinho, outra das vertentes a explorar será o contacto das pessoas com a natureza através da realização de caminhadas pedestres por alguns dos percursos existentes no parque. Serão também propostas aos participantes várias actividades desportivas e culturais, das quais se poderão destacar um parque de desportos radicais que será montado no recinto e sobretudo um vasto programa de conferências sobre diversos temas ligados à astronomia ministradas por alguns dos mais ilustres cientistas do nosso país, observações nocturnas, ateliers para os mais novos e muitas outras actividades (http://www.nuclio.pt/nuclio/eclipse2005/programa.php).
A nível cultural os participantes poderão também assistir a vários concertos de música tradicional de Trás-os-Montes e a um concerto de música Celta. (http://www.nuclio.pt/nuclio/eclipse2005/actividades.php)
A nível gastronómico a organização prepara-se para oferecer o melhor que a região tem, ou seja : Posta à Mirandesa, Feijoada à Transmontana, Porco no espeto, Grelhada de enchidos e diversos tipos de enchidos.
Todas as refeições estão incluídas no pacote global e serão servidas no acampamento (http://www.nuclio.pt/nuclio/eclipse2005/gastronomia.php).
Será uma excelente oportunidade para relembrar às pessoas quão privilegiados são os habitantes do Planeta Terra.
A programação completa do evento pode ser vista em: www.nuclio.pt/eclipse2005.
As inscrições estão abertas em:(http://www.nuclio.pt/nuclio/eclipse2005/inscricoes.php)"

CUIDADO COM O PLÁSTICO



Se tiver de escolher entre o plástico e o vidro... escolha VIDRO

O plástico está em toda a parte. Na verdade, encontramo-lo em milhares de produtos – carros, rádios, telefones, materiais eléctricos e até nas nossas cozinhas nos mais variados utensílios e recipientes. E, esta é precisamente a razão que, desta vez, despertou a veia calhanária.
Assim calhou andarmos pelo ciberespaço quando de repente os nossos olhos bateram num sítio onde várias pessoas tinham estado a trocar mensagens sobre a questão do plástico.
Em correctíssimo inglês, um advertia: “não metas a água no frigorífico em garrafas de plástico, porque isso promove a libertação da dioxina”.
Outro, afirmava que tinha ouvido na rádio um médico informar que o “uso de recipientes e pratos de plástico para aquecer alimentos no microondas era totalmente desaconselhado, sobretudo, os que contêm gordura, porque a altas temperaturas, a gordura em contacto com o plástico ajuda à libertação da dioxina, sob a forma de vapor, o qual se introduz na comida e, após a ingestão, nas células do corpo”.
Outro ainda, recordava que “há muito tinha conhecimento de recomendações importantes, relacionadas com a película aderente que, por exemplo, não devia ser usada para tapar comida quente”, pois também libertava a dita dioxina.
Ora, conforme uma curta pesquisa, DIOXINA é o nome colectivo que serve para denominar mais de 200 compostos orgânicos do cloro, alguns deles altamente tóxicos. E, como recentemente se provou que a dioxina além de tóxica é cancerígena, depreende-se que é de toda a pertinência optar pelo vidro em detrimento do plástico.
Desta feita, a loiça, o vidro e a cerâmica podem ser bons aliados.
De momento são-no, amanhã não sabemos.
É que hoje, mais do que ontem, as verdades absolutas morrem antes mesmo de nascerem.

Périplo histórico em torno do plástico

Diz-nos a história que diversos povos conheciam e usavam, para diferentes fins, substâncias elásticas extraídas de resinas naturais, como a da árvore da borracha e que, tais substâncias, só chegaram à Europa, após as viagens de Marco Polo, mais precisamente, com o despertar do Renascimento. Mas, o seu aproveitamento foi pequeno se se comparar o que veio a acontecer a partir de meados do século XIX, quando em 1862, Alexander Parkes cria a parkesina e em 1869, John Wesley Hyatt descobre o celulóide.
Seja como for, a fabricação de plásticos sintéticos só acontece depois de 1909, ano em que surgiu a primeira substância plástica sintética.
Baptizada com o nome de bakelite, teve por pai Leo Hendrik Baekeland, um belga naturalizado norte-americano, que com ela também criou o mais complicado problema ecológico do século XX.
Depois da bakelite, as descobertas sucederam-se e à velocidade da luz foram nascendo os poliestirenos, o vinil, os silicones e por aí adiante.
As suas fontes mais comuns eram e são a celulose, o carbono e, entre outras, a mais usada até ao momento: o petróleo...