ENGENHARIA GENÉTICA VERSUS AGRICULTURA ORGÂNICA

Estes excertos são partes integrantes de um documento que integra o livreto “Engenharia Genética versus Agricultura Orgânica”, inicialmente publicado pela IFOAM na Europa e editado no Brasil pelo Instituto Biodinâmico e Associação de Agricultura Biodinâmica com o apoio da IFOAM e da Associação Tobias.
O texto tem autoria de Florianne Koechlin (Blueridge-Institute, Suiça) e apoio de David Frost
(Grã-Bretanha), Bernward Geier (IFOAM, Alemanha), Gerald Hermann (Alemanha) e Eric Wyss (FiBL, Suiça). A tradução é de João Carlos Ávila.
Para ler o documento na sua forma original vá à página do Instituto Biodinâmico
www.ibd.com.br/ o único certificador brasileiro reconhecido na Europa, Estados Unidos e Japão.

Quem beneficia? Quem necessita? Para onde leva?
Estas são questões úteis a levantar quando se aborda uma nova tecnologia. No caso de OGM (organismos geneticamente modificados) não existem benefícios nem para consumidores nem para produtores – somente para as empresas que os produzem.
Se os produtores sentem que necessitam de variedades resistentes a herbicidas é porque eles são atraídos a um sistema de produção que depende de insumos químicos.
A engenharia genética é apenas um passo a mais em direcção a um beco sem saída que leva a mais degradação do meio ambiente, a maior dependência dos produtores e a maiores riscos para todos.
O movimento orgânico rejeita os OGM em toda agricultura, a partir de uma perspectiva económica e ética, de uma perspectiva política, de uma perspectiva de risco e simplesmente porque não são necessários.
Nós também oferecemos uma alternativa real. Milhões de produtores orgânicos, grandes ou pequenos, ricos ou pobres, demonstram diariamente que a agricultura orgânica é capaz de produzir alimento suficiente e seguro para todos, sem utilizar OGM.
Gunnar Rundgren - Presidente da IFOAM
A agricultura orgânica e a agricultura biodinâmica são a nossa opção para o futuro

O movimento orgânico brasileiro, seguindo os preceitos da IFOAM, também rejeita a adopção da tecnologia transgénica na agricultura e propõe um olhar mais atento para os resultados da agricultura orgânica e da agricultura biodinâmica que vêm provocando, a nível mundial, uma verdadeira revolução no campo das relações sociais, das relações com o meio ambiente e das relações de consumo.
A opção de consumo é hoje mais importante do que nunca, pois são os consumidores que ditam as regras do mercado. Consumir significa abrir canais de viabilidade e de existência de um bem de consumo. Consumir significa apoiar esta ou aquela tendência, tecnologia, visão.
Precisamos estar mais conscientes de nossas atitudes e saber que, ao consumirmos alimentos transgénicos, estaremos apoiando sua viabilidade económica e, consequentemente, consolidando a dependência de milhares de agricultores, comprometendo a auto-sustentabilidade e a auto-suficiência do sistema agrícola mundial e a saúde da população.
É por isto que a agricultura orgânica e a agricultura biodinâmica são a nossa opção para o futuro!
Alexandre Harkaly - Diretor do IBD
ARROZ COM VITAMINA A - UMA GRANDE ILUSÃO?
Arroz com vitamina A – um arroz modificado geneticamente para produzir pro-vitamina A – está sendo oferecido para o Terceiro Mundo como um remédio para a disseminada Deficiência de Vitamina A (DVA).
Mas ocorrem aí problemas fundamentais: um homem adulto precisaria comer 9 kg de arroz cozido por dia para ingerir a quantidade necessária de vitamina A (ao passo que a ingestão de apenas duas cenouras seria suficiente).
Ainda é uma questão em aberto se o arroz transgénico funcionará na prática, e nada se sabe sobre os riscos a longo prazo para os ecossistemas e a saúde humana.
Além disso, existem muitas patentes de arroz com vitamina A. “O problema é que o arroz transgénico não eliminará a DVA. É uma tecnologia que falha em sua promessa, já que não existem soluções prontas para problemas tão complexos”, segundo a cientista indiana Vandana Shiva.
O ponto PRINCIPAL é, entretanto, que existem muitas soluções melhores, mais baratas e já comprovadas.
A principal causa da DVA e de muitas outras doenças é uma dieta totalmente desequilibrada: arroz, arroz e nada mais que arroz.
Portanto, o essencial é mudar os hábitos dietéticos. Pequenas hortas com folhosas verdes e frutas, folhas de plantas nativas, fatias de manga desidratada, folhas desidratadas de Baobá, batatas-doces...
Até mesmo o Banco Mundial admitiu que a redescoberta e o uso de plantas locais e a conservação de frutas e hortaliças ricas em vitamina A reduziram substancialmente o número de crianças ameaçadas de DVA, de uma maneira barata e eficiente.
CONTAMINAÇÃO GENÉTICA - UM PROBLEMA SÉRIO
É no México e no Peru, de onde o milho é originário, que se pode encontrar a maior diversidade de cultivares de milho e de espécies nativas.
Este “centro de origem”, com sua impressionante diversidade genética, é essencial para o futuro do cultivo do milho e também para a segurança alimentar do mundo. Porém, este “centro de origem” já está contaminado.
Um estudo dos EUA mostra que até mesmo em remotos vales mexicanos as variedades locais de milho contêm genes de milho Bt transgénico. “Ficamos surpresos com esses resultados. Não esperávamos nada disso, e isso muito nos perturba. O que isso significa é que uma espécie inteira em seu estado natural pode logo tornar-se, na verdade, geneticamente contaminada”, diz o cientista Ignacio Chapella, da Universidade da Califórnia (EUA), cuja equipe realizou essa pesquisa.
O estudo mexicano indica que genes de plantas transgénicas podem espalhar-se mais rapidamente por áreas geográficas e entre variedades do que haviam previsto os cientistas.
A seguir, num próximo texto, leia as respostas deste relatório a algumas questões importantes que, afinal, todos fazemos... Apesar de pouco se falar neles, os transgénicos andam aí... e a este como a outros níveis, a informação é uma ferramenta que ajuda à decisão.

Transgénicos estão de volta

Embora pouco se fale nos transgénicos em Portugal, a verdade é que eles andam por aí. Desta feita calhou encontrarmos um relatório que consideramos de todo o interesse divulgar. E, isto significa que abrimos agora um novo ciclo dedicado a esta matéria... Começamos com um excerto desse relatório, mas outros textos se seguirão.

Estrela variável V838 Mon


Crédito: Arne Henden (US Naval Observatory, EUA).Telescópio: 1.55 m (USNO).

A estrela variável V838 Monocerotis espantou a comunidade astronómica quando sofreu, recentemente, uma espectacular explosão como nunca antes tinha sido observada. A nebulosa poeirenta que a envolve tem cerca de 6 anos-luz de diâmetro e passou a ser observada desde então por inúmeros telescópios terrestres, bem como pelo Telescópio Espacial Hubble. Esta imagem que aqui mostramos hoje foi obtida com o telescópio de 1.5 m do US Naval Observatory nos Estados Unidos. Ainda não se encontrou uma boa explicação astrofísica para o comportamento desta estrela variável que continua a ser alvo de vários telescópios espalhados pelo mundo.

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Enxame NGC 7380


Crédito: Robert Gendler (copyright) - http://www.robgendlerastropics.com
Descoberto em 1784 por Caroline Herschel, irmã de William Herschel, este enxame aberto encontra-se ainda envolto na nebulosidade a partir do qual se formou. Na imagem, obtida pelo astro-fotógrafo Robert Gendler, podem ser vistas várias estrelas jovens azuis, bem como gás excitado devido à radiação emitida por estas mesmas estrelas. NGC 7380 possui um diâmetro de cerca 25 anos-luz e situa-se a cerca de 7000 anos-luz de distância. A sua idade está estimada em 10 milhões de anos.

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Ainda o universo

Por estas bandas ainda não demos por encerrado o ciclo dedicado às maravilhas do Universo e porque esta é uma matéria que nos atrai trazemos mais dois registos que nos tocaram os sentidos.

Nebulosa IC 1396

Crédito: Russell Croman

Russell Croman obteve esta espectacular imagem do complexo IC 1396 a partir do seu observatório no Texas, Estados unidos da América (http://www.rc-astro.com/ ). Nela são visíveis o aglomerado de estrelas e a respectiva nebulosidade envolvente, sendo de particular destaque a nebulosa "Tromba de Elefante", visível na parte central, em baixo. Esta nebulosa é um glóbulo escuro de gás e poeira que se encontra em processo de erosão devido à radiação emitida pelas estrelas envolventes. Muitos outros glóbulos são visíveis na imagem, aparecendo como manchas escuras contra o fundo brilhante. Para a obtenção desta imagem foram usados filtros para captar a luz proveniente de enxofre, hidrogénio e oxigénio.

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Nebulosa Cabeça de Cavalo (B 33)

Crédito: Russell Croman

A nebulosa Cabeça do Cavalo (B 33) é um dos objectos celestes mais conhecidos. Localizada na mesma região que a famosa nebulosa de Orionte, esta nebulosa deve a sua notoriedade à sua forma peculiar. Trata-se de uma nuvem de gás e poeira vista em constraste contra o fundo brilhante de uma nebulosa de emissão que se encontra por detrás dela. A estrela brilhante visível no canto inferior esquerdo faz parte da conhecida Cintura de Orionte. Esta estrela ilumina e excita o gás da nebulosa de reflexão azulada (NGC 2023) que a envolve. A imagem de hoje foi obtida pelo astro-fotógrafo Russell Croman (http://www.rc-astro.com/ ).
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Regresso às lides

Calhou bem este afastamento...
Mas, agora voltámos às lides, de momento, não com a poesia dos poetas, mas antes com as maravilhas do Universo...
As primeiras duas, deslumbrantes, umas linhas acima.