O ALENTEJANO Na planície semi-deserta e quente onde a dureza é pão de cada dia, quanta angústia se expressa e sente nos tristes cantes cheios de melodia. O sol aquece a charneca despida, torrando a terra e tisnando o rosto, verga-se a razão ao peso da vida na ceifa diária d'um pão sem gosto. Garganta seca e olhos lacrimejantes regam a terra de ardentes fornalhas, pela fadiga vergado e suores constantes, sonha venturas, vencendo batalhas. As palhas ceifa do trigo alourado, enchendo de fardos o calcinado chão, fica a charneca com um tom torrado, despida de trigo e envolta em solidão. Exausto e cansado pela dura labuta, olha com saudade a planície imensa o homem que não verga e insiste na luta de desbravar a charneca agreste e extensa. José Rafael (Mais poesias do autor no blogue Mira da Serra... é só clicar. O link está à direita no ecrã.) |
Cantar ao Sol e à Lua é o nosso blog das palavras singelas, das figuras polémicas, dos amantes da justiça e da LIBERDADE. É o blog da "música" que transporta a palavra. É o blog dos poetas que dizem melhor que nós próprios, o que nos vai na alma. É ainda o blog onde se diz o que se pensa e se pensa o que se vive. É, por último, o blog "calhanário" (termo preferido do escitor Manuel da Fonseca) onde se escreve quando calha... não o que calha, mas fora da calha...
ODE A QUEM TRABALHA
Subscrever:
Mensagens (Atom)