A CO-EXISTÊNCIA ORGÂNICO X TRANSGÉNICO

Alexandre Harkaly – director do IBD

Com a era transgénica, a questão mais crítica para os orgânicos é a co-existência.
A Bélgica acaba de proibir a canola transgénica pela pouca segurança ambiental que ela oferece. No Canadá, não existe mais canola orgânica sem genes transgénicos justamente pelo facto da contaminação polínica.
As brássicas (canola, couves, repolhos, etc.) cruzam por polinização cruzada, a distâncias relativamente grandes.
Importante é entender o seguinte: nunca mais o ser humano irá se alimentar de algo natural e sim de coisas que são produto de manipulação humana, resultado das elucubrações científicas, com incorporação de genes de seres que não estamos adaptados a consumir (certos insectos, bactérias, fungos, etc.).
No Brasil, temos a soja transgénica e logo teremos o milho em grande escala também, além do algodão e outras plantas.
A soja (na foto) se diferencia por ter auto-polinização, o que não nos exime de cuidados necessários. Já existe contaminação acima de 4 % em genes de soja orgânica nos EUA. Isso se deve a duas razões: misturas acidentais de sementes nas semeadoras e estruturas de benefício de sementes e aproximadamente 2 % pela polinização cruzada, que ocorre em menor escala na soja.
O milho se comporta praticamente como a canola, pior pois o milho é planta latino americana! Ou seja, já há contaminação dos materiais básicos de milho nos centros de diversidade de milho, registrados nas montanhas Mexicanas, por exemplo.Isto tudo dificilmente poderá ser corrigido. A co-existência não é somente uma necessidade, é um direito jurídico adquirido.

(Para ler o resto do texto vá a http://www.ibd.com.br/artigos/transgenicos_3.htm)

1 comentário:

António Melenas disse...

Devo confessar que estava totalmente a leste deste assunto, mas estou aprendendo,
Obrigado
um abraço
António